Todo dia é dia de poesia...


FEIRA

Agri-Cultura, daqueles que cuidam da terra
Carregam a sabedoria no nome;
Do Jequitinhonha ao nascer do sobrenome.
A mão sábia, a fartura escondida,
No silêncio da madrugada.
O arrumar a feira vira magia,
Poesia que transborda no ato
Da agroecologia.
Aqui, no baixo Jequitinhonha
A fome brinca escondida, a seca vira fartura,
alimento vendido no raiá do dia.
A cor transborda no vermelho do MST
O baixo Vale do Jequi se difere
do restante do país.
Das mãos domésticas das mulheres
Que plantam e alimentam
Um sertão sem fim.
As políticas públicas brincam
de ninar com o todo;
na feira, o sorriso é outro,
marcado da cor do povo.
É a luta, a marca da resistência,
A feira na beira d’um rio Jequitinhonha,
É a sobrevivência !

Regiane Farias



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